Kiki Lima - Sem Título - Serigrafia 73/100 - 50.5x60cm (Mancha: 40x46.5cm)
Kiki Lima
Kiki Lima (Euclides Eustáquio Lima), nascido a 15 de abril de 1953 em Ponta do Sol, na ilha de Santo Antão, Cabo Verde, foi um artista plástico multifacetado, reconhecido internacionalmente pela sua pintura vibrante, escultura expressiva e envolvimento com a música e o design.
Iniciou a sua carreira artística em 1969. Estudou Desenho e Pintura no C.E.C. e Escultura no Centro de Arte e Comunicação Visual (AR.CO) em Lisboa. Licenciou-se em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Durante mais de quatro décadas, realizou mais de 200 exposições individuais e participou em mais de 160 coletivas em diversos países, incluindo Angola, Brasil, Cuba, Espanha, França, Holanda, Luxemburgo, Macau, Portugal, Suíça e Estados Unidos.
A sua obra é marcada por cores intensas e uma pincelada gestual, retratando cenas do quotidiano cabo-verdiano, como mercados, danças tradicionais e paisagens urbanas e rurais. A música desempenha um papel central na sua arte, refletindo a alegria e a energia da cultura das ilhas. Kiki Lima considerava-se um artista impressionista e expressionista, utilizando frequentemente pincéis largos e cores como laranja e azul ciano.
Entre as suas obras públicas destacam-se o painel do Pavilhão de Cabo Verde na EXPO’98 em Lisboa e a peça “Receção de Emigrantes” no Aeroporto Amílcar Cabral, na ilha do Sal. Recebeu várias distinções, incluindo a 1.ª Classe da Medalha do Vulcão pelo Presidente de Cabo Verde em 2000 e o Prémio Prestígio AI-UÉ em 1992.
Além das artes plásticas, Kiki Lima foi também músico, compositor e intérprete. Gravou álbuns como "Tchuba" (1985) e "Midji ma tambor" (1987), integrando a música como elemento essencial na sua expressão artística.
Kiki Lima é amplamente reconhecido como um dos mais importantes artistas cabo-verdianos contemporâneos. A sua obra está presente em coleções de instituições como a Assembleia Nacional de Cabo Verde, o Palácio do Governo e o Banco de Cabo Verde, bem como em coleções privadas de figuras proeminentes, incluindo ex-presidentes portugueses e líderes internacionais.
Faleceu a 27 de maio de 2025, deixando um legado significativo na arte e cultura de Cabo Verde.